terça-feira, 7 de outubro de 2014

POLÍTICA, PROFECIA E UMA BREVE MEDITAÇÃO


Na ânsia de tornar o Brasil uma nação cristã alguns saíram eufóricos em seus sentimentos e desejando exteriorizar suas convicções “usaram” a profecia (e como em outras ocasiões, mais uma vez, mais uma profecia não se cumpriu). Isso é fruto de uma fraqueza doutrinária que impera na igreja brasileira, aliada ao desejo de destronar (por determinação ou declaração profética) tudo que seja do Maligno, e tornar o Brasil uma nação cristã. Isso é impossível, pois cristão não é por declaração ou determinação, mas por Novo Nascimento, e isso é obra do Espírito Santo.




Agora, passado o pleito, as máscaras proféticas começam a cair. E pergunto: algum desses profetas irá se pronunciar sobre o equívoco? Os sentimentos falaram mais alto? Ou Deus falou e não pode cumprir?

Se o profeta falou em nome de Deus e não se cumprir, não foi Deus quem falou. A Bíblia, a inerrante Palavra de Deus é taxativa (Deuteronômio 18:22).
A ideia de que um presidente (ou qualquer outro político) evangélico mudará a situação do Brasil, e resolverá todos os problemas morais, políticos e econômicos é, no mínimo, utópica; como também a ideia de que a igreja depende de políticos cristãos para avançar não tem apoio bíblico.

A liberdade da igreja nunca dependeu da liberdade proporcionada pelo Estado. A igreja triunfou apesar do império romano dos Césares, do Comunismo na Rússia, como tem triunfado sob Comunismo em Cuba, Coréia do Norte. Estamos numa batalha espiritual travada (Efésios 6:10-20), e seja onde for, ou qual sistema de governo esteja, a Igreja sempre triunfará (Mateus 16:18)
Muitos políticos que adentram nossos templos e falam polidamente de acordo com o que pensemos e defendemos em termos de valores e princípios, fazem acordos para atender seus objetivos eleitoreiros por outros lugares que andam (seja na loja Maçônica, ou no terreiro de umbanda, etc.) com quer que seja. Isso não me compete julgar, é liberdade deles, podem fazer o que quiserem. Nós é que temos que abrir os olhos e os ouvidos.
Temo que travamos no Brasil, em nome de valores e princípios cristãos, mais uma “briga” ideológica, do que a verdadeira defesa da fé (aí o tiro pode sair pela culatra).
O que precisamos, como igreja, é voltarmos humilhados e arrependidos para Deus, e confiarmos na suficiência da Palavra, como disse Spurgeon “A igreja precisa saber que seu Cabeça é Cristo”.
O plano de Deus não reclama por uma Nação Estado de crentes, mas sim, uma NAÇÃO SANTA composta de pessoas redimidas de todas as tribos, línguas e nações, onde cada crente seja sal da terra e luz do mundo! (Mateus 5:14-16; 1ª Pedro 2:9; Apocalipse 5:9)

Que Deus nos ajude!

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