No post anterior escrevi sobre (auto) obreiros e suas igrejas.
Não sou contra abrir uma igreja, mas que não seja mais uma entre tantas. A maior necessidade hoje não é de novas igrejas e/ou ministérios, mas do retorno à Palavra – o fundamento inabalável da fé e da vida cristã.
Sair de uma igreja com a premissa de que se não tiver sua própria igreja “chegará de mãos vazias diante de Deus”, é um argumento que por si só não se sustenta; demonstra falta de maturidade espiritual, conhecimento bíblico e conhecimento de Deus. Vejamos: se isso for verdadeiro, cada crente seria seu próprio obreiro, teria sua própria igreja, pois pela colocação é necessário um cargo eclesiástico para se fazer algo para Deus. Não há respaldo bíblico, teológico e nem histórico para tal argumento (Leia 1ª Coríntios 12).
O que me admira também é o nome das igrejas. Como é fácil usar vocábulos que acenam para além das fronteiras:internacional, mundial, universal; ou ‘impactantes’ como poder, unção, visão, etc. Os nomes são muitos. Uma igreja que no máximo o vizinho sabe que existe, leva o nome de internacional? Em pouco tempo teremos a igreja global.., ou cósmica... Qual o significado disso? A falta de sensatez é muito grande!
Veja o nome de algumas igrejas por esse Brasil: Igreja da Água Abençoada, Igreja Evangélica de Abominação à Vida Torta, Igreja Evangélica Pentecostal a Última Embarcação Para Cristo, Igreja Dekanthalabassi.
A maioria das igrejas que tem surgido seguem o padrão – tanto doutrinário quanto prático – de onde veio o obreiro. Por mais que reclamam do antigo rebanho, ‘do pastor que estava fora da direção de Deus’, e de ouras coisas. Mas no âmago da questão seguem as mesmas práticas, e na maioria das vezes acrescentam alguma coisa, mas pior do que tinham como já ruim de onde vieram. É só vermos o aumento do neopentecostalismo que cresce como erva daninha no campo.
Mas temos outro sério problema, e no meu tender este é o mais grave: é o nível de conhecimento bíblico de muitos destes que colocam suas igrejas; segue-se a isso a espiritualidade dos mesmos. Paulo foi muito claro com relação às qualidades – espirituais, morais, éticas – do obreiro. Disse ele: “Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. É necessário, portanto...” (1ª Timóteo 3:1,2 – leia todo o capítulo). Sobre isso falaremos no próximo post.
Em Cristo
Adriano Fernandes
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