quinta-feira, 7 de maio de 2015

A VONTADE DE DEUS

CONHECENDO A VONTADE DEUS, MAS QUERENDO FAZER A NOSSA - UM GRANDE PERIGO.
PARA NÓS!


"A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria ao simples. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos. O temor do SENHOR é limpo e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e inteiramente justos. São mais desejáveis que o ouro, sim, do que muito ouro puro, mais doces do que o mel que goteja do favos. Também o teu servo é advertido por meio deles, e há grande recompensa em segui-los" (Samo 19)

Por meio da Palavra de Deus, já sabemos qual é a Sua vontade, o Salmo acima revela o poder e força da Palavra, mas levados pela nossa vontade, e os nossos anseios conflitantes com Deus, acabamos por insistir com Deus, para saber Sua vontade para questões de fé e prática, e do relacionamento com Ele. A insistência se dá, não para confirmarmos o que já sabemos, mas para ver se Deus entra na nossa e acabe por fazer o que queremos.

Tal atitude é por demais perigosa para qualquer ser humano. Deus não se deixa levar por caprichos humanos. Sua vontade e propósitos não mudam, mas também deixa nós seguirmos o que propomos em nosso coração. Aí a tragédia é certa. Acabamos por confrontar a Deus, e Ele vem com juízo e disciplina.

A vontade de Deus não muda. Ele simplesmente permite. E as consequências sempre são sérias e, geralmente, de grande perda e lágrimas.

Alguns exemplos registrados na Bíblia falam sobre isso:

- Balaão conhecia a vontade Deus a respeito da intenção de Balaque para com Israel, mas seduzido pelos prêmios, tentou ao SENHOR (Números 22:7-12). Foi para os anais da história como o profeta que [deliberadamente] errou em virtude dos lucros (Judas 1:11).

- Israel viu todas as maravilhas de Deus, mas tentou ao SENHOR (Salmo 106:10-15). Veja que Israel viu e viveu todo o livramento de Deus (vv.10-11); diante de tais maravilhas creram e cantaram louvores (v.12) - entenderam que a Palavra de Deus era a Verdade [por isso creram], e reconheceram que Deus era o único digno de louvores, de adoração [por isso cantaram louvores]. Mas infelizmente esqueceram de tudo, colocaram seu planos em ação. A Almeida 21 diz: "Não esperaram pelo Seu [de Deus] plano". E assim, levados pela cobiça e vontades próprias (v.14), Deus lhes deu o que queriam, mas veio junto as lágrimas (v.15).

- Tiago aborda o perigo do coração tomado de anseios e desejos próprios (Tiago 4:1-5). O versículo 4 revela o caráter: infiel. Isto é, desviado da verdade conhecida - conhece a verdade, mas se torna infiel à verdade; e o versículo 5 diz que o Espírito Santo tem ciumes. Mas quem provoca ciumes? O coração que é Seu, mas que se desvia em virtude dos próprios projetos. E o versículo 9 é pesado, mas mostra o resultado: "Entristecei-vos, lamentai e chorai. Que o vosso riso se transforme em lamento, e a vossa alegria em tristeza". Quando diante de Deus nossa vontade prevalece, riso produz lamento, e alegria produz tristeza.

Conclusão: não insista com Deus naquilo que você já sabe, por meio da Sua Palavra, qual é a Sua vontade!

"Também o teu servo é advertido por meio deles,
e há grande recompensa em segui-los"  (Salmo 19:11).

Em Cristo,
Pr. Adriano Fernandes

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O ESPÍRITO SANTO - JOÃO 16:7-15

João 16: 7 Todavia, digo-vos a verdade, convém-vos que eu vá; pois se eu não for, o Ajudador não virá a vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei. 8 E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: 9 do pecado, porque não creem em mim; 10 da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais, 11 e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. 12 Ainda tenho muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora. 13 Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras. 14 Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. 15 Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso eu vos disse que ele, recebendo do que é meu, vo-lo anunciará.

7 Todavia, digo-vos a verdade, convém-vos que eu vá; pois se eu não for, o Ajudador não virá a vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei.

No propósito de Deus chegara o tempo de enviar o Espírito Santo. Matthew Henry diz que "enviar o Espírito Santo seria fruto da morte de Cristo". John Owen diz que "depois que Cristo completou a Sua obra de redenção, e retronou ao céu, a tarefa de levar adiante e completar a obra de salvação foi assumida pelo Espírito Santo" (O Espírito Santo, cap.7). Jesus sabia disso. A Sua obra já estava consumada (João 19:28-30). Agora era o momento da ação do Espírito Santo sobre a Igreja que iniciava, mas fundamentada em Cristo. Ele já havia dito: "E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco" (João 14:16).

João fala de outro. Não outro diferente, mas outro da mesma espécie, da mesma essência. O Espírito Santo veio para ser o Ajudador que Cristo foi quando em Seu ministério e convivência com seus discípulos. A presença e ação do Espírito Santo era tão essencial, quanto essencial foi a presença e ação de Cristo. Porém o Jesus estava limitado pelo humano, mas o Espírito Santo não tem tal limitação: “[...] mas vós O conheceis, pois Ele habita convosco, e estará em vós”.

8 E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: 9 do pecado, porque não creem em mim; 10 da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais, 11 e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.

O homem naturalmente tem sua consciência cauterizada pelo pecado, ou deliberadamente ignora o pecado (Romanos 1:21; Efésios 4:18). O Espírito Santo age no coração tanto para reprovar quanto convencer de pecado. A ação do Espírito Santo no coração do pecador o faz consciente de que ofende a Deus com o seu pecado (1ª Coríntios 14:24).

O padrão de justiça do mundo também é errado. A nossa referência de justiça é horizontal, ou seja, nosso padrão é medido por aqui mesmo, não há uma referência maior (sou pecador, mas menos que fulano; sou ruim, mas menos que beltrano; meu coração não é tão mau quanto do sicrano). O Espírito Santo convence o pecador de que a justiça de Deus é perfeita, isenta de manchas e parcialidade (Romanos 3:21-23). É esta justiça que deve ser o ponto central de referência. Sem ela não há justiça! “O resgate foi aceito e consumada a justiça pela qual os crentes seriam justificados” escreveu Mattew Henry. A verdadeira justiça mostra quão pecador somos, e como ofendemos à Deus com nosso pecado. Também revela a incapacidade humana de espiar [os próprios] pecados. O Espírito Santo torna claro isso no coração do pecador.

O juízo de Deus por causa do pecado caiu todo sobre Cristo, era o cálice que bebera (Mateus 26:39-42; Marcos 14:36; Lucas 22:42). Portanto o Espírito Santo convence de que aquele que está em Cristo, não resta mais sobre si juízo por causa de pecado. Já fora julgado em Cristo, está em paz com Deus (Romanos 5:1). Justificado por Cristo e santificado por Cristo no poder do Espírito Santo (Romanos 4:25).

12 Ainda tenho muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora. 13 Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras.

Havia coisas que os discípulos ainda não estavam suficiente maduros para ouvir e/ou suportar, ou ainda entender. Jesus não poderia partilhar com eles ainda. Chegaria o tempo certo, e nesse tempo o Espírito Santo revelaria. O Espírito Santo é tal como Cristo. Jesus disse "Eu sou a verdade", e aqui Jesus diz "o Espírito da verdade".

Como Espírito da verdade Ele:

1. [...] guiará a toda a verdade

Esse aspecto é interessante. Aqui temos UM guia e UMA verdade. João diz que [o Espírito] é a unção verdadeira que ensina (1ª João 2:27). O texto não está falando de toda verdade conhecida. Mas na verdade relacionada a coisas espirituais.
A verdade no Evangelho de João [e em toda a Palavra de Deus] está centrada na Pessoa de Cristo, portanto, o Espírito guia o crente À Cristo e EM Cristo. No primeiro capítulo de João lemos a respeito de Cristo que Ele é “a verdadeira luz que ilumina a todo homem” (v.9); Ele ainda é pleno de graça e de verdade” (v.14). Mais adiante lemos que Jesus diz que falava a verdade ouvida de Deus (8:40). Jesus diz “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (8:32); em 14:6 Ele diz “Eu sou a verdade”; e mais adiante diz “Santifica-os na verdade, a Tua Palavra é a verdade (17:17).
Portanto é a esta verdade - Jesus - que o Espírito Santo guia. Com relação às coisas espirituais não temos nada que aprender com religiões, ideologias, filosofias, etc.. Tudo o que o crente precisa está na Palavra de Deus (2ª Timóteo 3:16).

2. [...] não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido

Outro aspecto interessante é que o Espírito Santo não fala nada além do que a Trindade esteja de acordo. O Espírito Santo não é autônomo; não é independente; não possui uma verdade diferente; não tem uma ideia própria a parte da Escritura, não traz nova revelação; não tem outra graça; não tem outro evangelho. Há uma sintonia muito estreita entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Jesus não era independente, autônomo, Ele disse “Se dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro” (João 5:31).
O testemunho de Cristo estava totalmente de acordo com o Pai, Ele e Pai testemunhavam um do outro (João 8:18; 14:10).

3. [...] vos anunciará as coisas vindouras

Aquilo que era vindouro aos discípulos, é para nós também. Porém muito do que era vindouro aos discípulos para nós é passado. Assim como o Espirito Santo esteve com os autores que escreveram o Antigo Testamento, da mesma forma Ele estaria atuando na vida dos autores do Novo Testamento. Portanto tudo o que precisamos já foi escrito por meio da inspiração do Espírito Santo. As coisas vindouras que precisamos saber já estão seladas, escritas, e o Espírito Santo é o responsável por isso, portanto são inquestionavelmente confiáveis. Jesus diz à Filipe que ele tinha duas razões claras para crer em Cristo: as obras e as palavras dEle (João 14:10-11). Pedro fala de duas provas incontestáveis a respeito da verdade. [1] a experiência na transfiguração - uma amostra da glorificação de Cristo antes da cruz, e [2] a profecia inspirada pelo Espírito Santo (2ª Pedro 1:15-21).


14 Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. 15 Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso eu vos disse que ele, recebendo do que é meu,vo-lo anunciará.

O Espírito Santo não veio para trazer glória para si mesmo; também não veio para dar glória a qualquer mortal. Ele veio para glorificar a Cristo, o Cristo vivo, ressurreto, soberano. Como se dará isso?
Basicamente como já abordamos anteriormente. O Espírito anuncia aquilo que recebe de Cristo, dessa forma o nome de Cristo é glorificado. Todos os dons, talentos, ministérios é para glória de Cristo [preste atenção à seriedade disso]. Tem muita coisa sendo atribuída ao Espírito, mas não nada do Espírito, muito menos glorifica à Cristo. O Espírito Santo é extremamente cristocêntrico. Jesus diz que “tudo quanto o Pai tem é meu”, assim vemos uma unidade perfeita na Trindade. O que é do Pai pertence ao Filho, e o Filho entrega/comunica ao Espírito Santo, e o Espírito Santo as torna conhecida [anuncia/proclama] aos salvos. E assim os salvos são formados segundo Cristo (Romanos 8:29; 1ª Coríntios 15:49; 2ª Coríntios 3:18; Colossenses 3:10).

Toda a pregação deve ter a Pessoa de Cristo como centro. Se Cristo não for o centro algo está errado, está em desacordo. É um tipo de pregação negativa - nega Cristo. Certamente o Espírito Santo não está nessa pregação (1ª João 2:22-24).

Paulo também testemunha que a sua pregação sempre foi centrada em Cristo no poder/virtude do Espírito Santo (1ª Coríntios 2:1-5; 1ª Tessalonicenses 1:2-6).

Portanto a glória é sempre pra Cristo. E o Espírito Santo zelará por isso!

Na virtude do Espírito Santo
Pr. Adriano Fernandes


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O PODER DE UMA PALAVRA


  • "Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu voar, assim a maldição sem causa não encontra pouso" (Provérbios 22:6)
Abaixo reproduzo frases que estão em voga de tempos para cá, sendo inseridas como fundamentos teológicos (para fé e prática), ou verdades espirituais descobertas a pouco.

"Profetize bênçãos"
"Não fale palavras negativas"
"Não pronuncie o nome 'Satanás'"
"Profetize um ministério sobre teu filho"
"Declare somente coisas boias sobre o teu cônjuge"
"Sobre a tua vida vou profetizar, nenhuma maldição..."
"Declare que o Brasil é do Senhor Jesus"

Certamente você já ouviu uma dessas frases pelo menos uma vez. Ou tenha dito alguma vez ao lado de alguém, e foi repreendido por estar atraindo coisas negativas, ou elogiado por declarar coisas boas.

Estamos vivendo num tempo em que palavras ganharam tônica até então não conhecida. Palavras liberadas tem poder além do que pensamos; somos profetas, então seja um profeta do bem.
Claro que o crente deve observar a exortação:

  • Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem" (Efésios 4:29).
Mas atribuir, simplesmente às palavras, um poder de bênção ou maldição somente por ter declarado, é no mínimo infantilidade bíblica, e em termos maiores uma afronta à Palavra.

Dias desses uma senhora falava sobre o poder da palavra. Dizia ela que comentava sobre uma pessoa, e por ser essa pessoa não muito agradável, ao pronunciar o seu nome, outra lhe diz: "não diga esse nome, pois a palavra tem poder, ele vai aparecer". Para surpresa, o que acontece? Em poucos minutos a pessoa estava ao seu lado. Arremata ela que realmente a palavra tem muito poder.

Atitudes como essa com pessoas não cristãs é compreensível. Mas infelizmente essa moda tem entrado na igreja, e pior, nem Jesus nem os Apóstolos nem os Reformadores se deram conta dessa verdade sobre o poder das palavras; assim tem sido inserida na nossa liturgia e prática, mas está se tornando algo insuportável, é uma verdadeira "feitiçaria pentecostal".

O problema dessas coisas é que tanto Deus quanto a autoridade e a centralidade da Palavra de Deus está de lado, ou no mínimo, em segundo plano. O sincretismo enrustido que há nessas coisas é imensurável. A Palavra de Deus [a Bíblia] tem sido suplantada por série de de declarações e suposições. Infelizmente nossa teologia prática tem sido molada por uma hinologia sincretista, piscologizada, positivista, teologicamente equivocada, e não por uma Teologia bíblica, cristocêntrica. Por isso que há tantos em crise existencial dentro das igrejas evangélicas. Agarraram-se a tantas possibilidades, e uma a uma tem falhado, que não sabem mais o que fazer. Perguntam o que tem feito de errado, visto terem todo o cuidado com as regras, e as coisas continuam de mal a pior.

NOVO TESTAMENTO: NEGATIVO DEMAIS?
Numa análise ainda que superficial, chegaremos a triste conclusão que a mensagem do Novo Testamento atrai sobre os crentes coisas negativas, sendo a mensagem mais negativa possível. Vejamos:

- Jesus disse: "Também vos perseguirão a vós (João 15:20). "Bem-aventurados os que são perseguidos" (Mateus 5:10);
- Paulo escreveu: "Em tudo somos atribulados, angustiados, perplexos, perseguidos, desamparados, abatidos, trazendo sempre no corpo o morrer" (2ª Coríntios 4:8-10). "Deus nos pôs por últimos, condenados à morte, espetáculos do mundo" (1ª Coríntios 4:9);
- O Espírito Santo: "O Espírito Santo me testifica que me esperam prisões e tribulações" (Atos 20:23).

PRECISAMOS DE UMA TEOLOGIA BÍBLICA!
  • "[...] ensinando-os a observar todas as coisas que Eu [Jesus] vos tenho mandado" (Mateus 28:20)
O propósito de Deus é que a Sua Palavra seja sempre o padrão norteador para o Seu povo (Êxodo 34:27 Cf. Gálatas 1:8-9). Cristo pensou uma Igreja fundamentada nEle (Mateus 16:18). O ato de fazer discípulos tem como fundamento o ensino puramente bíblico. Para o crente não existe ideia qualquer que suplante a Verdade. A recomendação de Jesus é simples: "Ensinando-os o que EU vos tenho mandado".
O ensino de Cristo não é uma filosofia nem uma ideologia nem incompleto que precise de mais alguma coisa fora dele. A verdadeira fé se fundamenta em Cristo e na Sua Palavra. E isso basta. A fé não pode ser cega, irracional, veja que Jesus diz: ensinado-os a observar.
Tudo aquilo que, espiritualmente, o pecador aprende no mundo em sua velha vida, deve ser deixado de lado, e o que passa a lhe dirigir a partir do arrependimento e conversão é o Espírito Santo por meio da Palavra viva. Paulo disse eis que TUDO se fez novo. Os convertidos de Éfeso rasgaram seu livros, pois, depois de iluminados e transformados pela Palavra, não havia mais valor algum naqueles ensinos (Atos 19:29 Cf. Salmo 119:105).
O que Cristo tem mandado está tudo o que Ele ensinou em Seu ministério terreno, como também toda a revelação bíblica, ou seja, toda a Palavra, toda a Escritura (2ª Timóteo 3:16; 2ª Pedro 1:20-21).

PRECISAMOS CRER EM "TODA A ESCRITURA"
  • "Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça" (2ª Timóteo 3:16)
Não existe nada fora da Escritura que pode nos instruir com relação à Teologia e prática da vida cristã. A Palavra de Deus é suficiente, é o fundamento inalterável. Sonhos, visões, experiências, profecias, inovações, enfim, nada está acima ou a par da Palavra em termos de inspiração e para proveito. Todas essas inovações que vimos hoje, e que estão tão entrelaçadas nas igrejas, tem vindo de fora, não da Palavra. Tem se sacrificado a Escritura divinamente inspirada no altar das inovações e da satisfação pessoal.

Toda a Escritura é inspirada e proveitosa não para ser usada conforme o bel prazer do homem, mas para operar no homem o propósito de Deus. Precisamos ver a Escritura a partir de Deus para nós, e não a partir do homem para Deus. A Escritura deve ser vista e entendida a partir dela mesma, e não a partir de experiências pessoais, necessidades e conjecturas.

Os de Beréia confrontavam o que ouviam na pregação sobre as Escrituras com a própria Escritura e não com as filosofias gregas e sincretismos religiosos da época: "Examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim" (Atos 17:11).

A OBEDIÊNCIA ANTECEDE A BÊNÇÃO - NÃO INVERTA A ORDEM!
A natureza caída não tem o temor bíblico. Naturalmente o homem quer ter um 'relacionamento' com Deus por Ele ser um "ser superior". Não adianta, dizem, Ele é o "cara" lá de cima. Isso não é relacionamento, é medo, é covardia. Evita-se arrependimento, renúncia, conversão, confissão. Esses verbos carregam muita negatividade.

Jesus tinha multidões que 'fielmente' O seguiam, mas a 'fidelidade' era motivada pelas benesses temporárias e não pela mensagem de Jesus os chamando ao arrependimento, ao relacionamento com o Pai. Quando Jesus as confronta, a única coisa de que se arrependem é de que para seguí-lo teriam que se arrepender dos seus pescados, e se converterem a Deus (João 6:25ss).

Hoje as pessoas estão sendo incentivadas a profetizarem bençãos sobre bençãos para suas vidas, família, emprego, negócios, planos, desejos, e assim por diante. A lista é infinita e sempre se aceita mais alguma coisa, desde que seja positiva. São declarações proféticas dentro das igrejas, de ímpio para ímpio, de crente sobre o ímpio, e pasmem!, de ímpio sobre crentes. Basta cantar, basta declarar, basta dizer profeticamente algo positivo que a coisa está garantida. E se dois concordarem já é bom, mas se todos reunidos entrarem num acordo... não tem como não dar certo! Quanta "macumba pentecostal".

O problema dessas profecias ou declarações é que o que pesa é poder da palavra, da declaração humana, e não aquilo que Deus diz, por mais que se esteja dizendo palavras bíblicas. Denominamos um culto de vitória, de milagre, do impossível, das causas perdidas, e o mesmo gira em torno do nome. É como se pudéssemos colocar Deus contra a parede, ou criar uma agenda para o Espírito Santo.


A obediência sempre foi fundamental no relacionamento com Deus. A obediência está atrelada ao reconhecimento de quem Deus É: o Senhor DeusO primeiro pecado teve pano de fundo a desobediência. As bênçãos e maldições descritas em Deuteronômio estavam subordinadas ao ouvir, guardar e obedecer os preceitos de Deus (Deuteronômio 28; 29:9-15). Não estavam atreladas à declarações vazias e antropocêntricas, ou por merecimento.

A pregação neotestamentária nunca iniciou a partir da necessidade humana,  antes revelou a necessidade do homem caído. O chamado de Deus é para o arrependimento, a renúncia, a conversão - essa é a mensagem do Evangelho (Mateus 3:1; 4:17;  1ª Coríntios 1:22-24; Romanos 1:16-17) -. Ela é tão negativa que gera tristeza (2ª Coríntios 7:10).

Acredito que não existe coisa mais negativa do que negar-se a si mesmo e tomar uma cruz (símbolo de morte), mas é o cerne fundamental para o discípulo de Cristo: "Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me" (Mateus 16:24).

Jesus era  muito negativo!

Talvez você pergunte: então posso falar o que eu quiser, a hora que eu quiser, e como eu quiser? A resposta é um sonoro NÃO!

No Salmo 119:6 lemos:

"NÃO FICAREI CONFUNDIDO, ATENTANDO PARA OS TEUS MANDAMENTOS"
O discípulo de Cristo não é um positivista no mundo. Toda hora declarando bênçãos sobre quem quiser, e sobre o que quiser, e como quiser. Também não tem a sua língua subordinada a si mesmo, mas está sob o domínio do Espírito Santo. Porém, a força da benção não está no que digo ou declaro ou profetizo, ou seja, não está em mim. Não é porque canto "profetizo que nenhuma maldição te alcançará", ou "profetizo sobre você a cura", ou "profetizo sobre todos muitas bençãos", que isso acontecerá como estou dizendo. Isto tem gerado uma série de confusões, pois não importa em que creio, e como creio, posso liberar bênçãos somente com uma palavra. Qualquer um pode ser o "gênio gospel da lâmpada", independente de como crê, basta declarar.

O discípulo de Cristo não é um positivista, mas alguém que foi transformado pelo poder do Evangelho por obra do Espírito Santo e reconhece o poder renovador da Palavra, uma necessidade diária em sua vida. O discípulo de Cristo tem um linguajar abençoador não porque a sua palavra tem poder, mas porque a Palavra de Deus vivificada pelo Espírito Santo em sua vida é fonte que jorra para a vida eterna (João 4:14 Cf. Provérbios 15:2,7). Ele não usa a palavra para benefícios pessoais, mas glorifica a Deus na sua vida através da palavra.
  • "Não saia da vossa boa nenhuma palavra torpe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem" (Efésios 4:29)
O texto acima não é um mantra, muito menos um texto mágico. Não é uma exortação ao crente e ao ímpio, uma possibilidade a todos. Os versículos anteriores mostram que essa exortação paulina é para aqueles que despojaram-se do velho homem, do procedimento anterior, que se corrompe pelas concupiscências do engano [...] foram criados em Cristo Jesus em verdadeira justiça e santidade, portanto quem já foi criado em Cristo Jesus, o mínimo que se espera é que tenha um caráter sob o domínio do Espírito Santo, e que a sua língua seja usada para glorificação do nome de Cristo.
  • "Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos? Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce." (Tiago 3:11-12)
O discípulo de Cristo não fica usando palavra torpes, amaldiçoadoras, sobre o cônjuge, filhos, emprego, negócios; ele não age sob ira e cólera, descontroladamente, não porque há poder em si mesmo, mas porque seu coração foi transformado e tem guardado os pensamentos e o coração em Cristo Jesus (Filipenses 4:7). Veja que a suficiência e o poder está em Cristo e não em nós.

Às vezes há necessidade de se usar palavras fortes, pesadas para poder levar alguém a um correto entendimento da fé e da vida com Deus.
  • "já julguei, como se estivesse presente, aquele que cometeu este ultraje. Em nome de nosso Senhor Jesus, congregados vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus, seja entregue a Satanás para destruição da carne" (1ª Coríntios 5:3-5)
O discípulo de Cristo entende que não é ele que tem que estar paranoicamente se auto policiando a todo o momento para não atrair coisas negativas (como que se tudo o que não produz risos, é negativo), mas crê que a sua vida, uma vez escondida com Cristo em Deus, o próprio Deus envia sobre ele provações e dificuldade pelas quais opera em seu caráter para crescimento espiritual. Sabe também que, por ser discípulo de Cristo, isso por si só já  é suficiente para fazê-lo enfrentar extremas dificuldades, perseguições.
Sobre Saulo, Jesus diz (Atos 9:26): "pois eu lhe mostrarei quanto lhe cumpre padecer pelo meu nome."
Aos discípulos diz o Mestre (João 15:20): "Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós [...]"
- Diz o irmão Tiago (1:2-4): "Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações, sabendo que a aprovação da vossa fé produz a perseverança; e a perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma."
O irmão Paulo escreveu (Romanos 5:2-5): "[...] e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus. E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado."

CONCLUSÃO
Não viva numa paranoia espiritual. A Palavra de Deus está ao nosso alcance para ser lida, estudada, pesquisada, e não nos deixa confundidos. Se você é um discípulo de Cristo, não fique questionando o porquê disso ou daquilo; não pense que as tuas palavras tem um poder imensurável; não pense que basta uma palavra positiva para viver positivamente, ou uma negativa pra tudo descambar. A vida do discípulo é pautada pela Verdade.
Viva como um servo de Deus, dobrando-se diante do Eterno, aprendendo do Espírito Santo a ponto de poder viver esta verdade paulina em sua vida (Filipenses 4:12-13):
  • "Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece."
Em Cristo,
Pr. Adriano Wink Fernandes

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O DIA DO SENHOR E O FERVOR DO ESPÍRITO SANTO

Tempos atrás a igreja evangélica tinha uma marca distintiva que era um dia dedicado como O Dia do Senhor. Mas isso se perdeu com o passar do tempo. Nesse tempo colocávamos a melhor roupa, a roupa de domingo; a família toda ia à igreja; o livro de capa preta, a Bíblia, não faltava. Estávamos no Dia do Senhor, e este dia era dever [senão uma obrigação] estar na igreja.

Claro que nesse tempo pretérito não tínhamos tantas atividades na igreja como temos hoje. Nós assembleianos tínhamos os departamentos do círculo de oração, de jovens e a Escola Bíblica Dominical. Eram esses. E hoje quantos temos? Além das reuniões semanais. Acredito que isso seja bastante preponderante, e tem pesado bastante no costume cristão com relação ao Dia do Senhor, um dia de santificação ao Senhor.

Outra questão importante é que hoje as opções de lazer são inumeráveis. E, infelizmente, os cristãos estão bastante absorvidos pelo excesso de lazer, de prazer, de satisfação pessoal. Isto é produto do Iluminismo, pois tem colocado o homem no centro de todas as coisas. Portanto, entendo que precisamos voltar a analisar todas as coisas à luz da Palavra de Deus. Fazendo isso chegaríamos a conclusão que o hedonismo não pertence ao padrão bíblico para a vida cristã.

Outro ponto que tem pesado bastante é o entendimento que a nossa geração tem a respeito de Deus. Essa falta tem levado a uma deliberada ignorância sobre o conhecimento de Deus, e isso é crítico na igreja hoje. Ian Hamilton escreve que

"O Dia do Senhor é um testemunho da grande benignidade de Deus para com Seu povo e nos dá um tempo divinamente apontado por Deus para que nós O adoremos e Deus mesmo nos dá o foco apropriado em relação à Sua adoração".

Podemos argumentar que estamos bastante envolvidos em cultos, reuniões para discutir a obra, atividades de departamentos, congressos, viagens, retiros, projetos diversos etc.; sete dias semanais tem sido pouco diante de tantos compromissos, e que isto é muito mais do que um dia específico para adoração. Estamos 100% para Deus. Mas todas estas atividades tem nos levado para mais perto de Deus, nos proporcionado comunhão mais íntima com Espírito Santo e com os irmãos [a koynonia bíblica], ou simplesmente estamos ocupando nosso tempo com atividades religiosas, impondo sobre nós um desenfreado ativismo? Entendo que devemos pensar mais biblicamente sobre isso.

Diante do exposto acima e mais algumas questões que podem ser ventiladas poderíamos voltar a pensar mais demoradamente sobre o Dia do Senhor. Temos uma divergência doutrinária com os sabatistas (Adventistas do Sétimo Dia) por causa da doutrina de Ellen Gould White (o espírito de profecia) relacionada ao sábado. Mas na verdade eles não guardam o sábado como defendem, uma análise bíblica, ainda que superficial, mostrará isso. O argumento adventista para guarda do sábado não resiste a uma análise doutrinária. A Bíblia é o fundamento. Mas independente disso a igreja evangélica brasileira precisa repensar algumas coisas que foram fundamentais no seu crescimento, firmeza, e consistência do modus vivendi tempos atrás. Compreendo que a igreja não era mais fervorosa, mais dinâmica, simplesmente porque levava muito a sério o Dia do Senhor, o domingo.

Vejo que é impossível voltar a ter o Dia do Senhor (o domingo) como tínhamos tempos atrás. Várias razões impedem de todos os crentes, no domingo, pararem com suas atividades e compromissos e se reunir para todos juntos estarem em adoração ao Senhor, como a igreja fazia tempos atrás.

Sei que estamos no mundo, e que o contexto social e cultural tem grande influência sobre todos, inclusive sobre a igreja e a sua dinâmica de ação. Mas a Palavra de Deus sempre tem a orientação, a exortação, a doutrina fundamental para a igreja. Hoje não estamos tão distante somente de santificarmos o Dia do Senhor, mas também do fervor do Espírito Santo. A igreja primitiva tinha na verdade um compromisso de vida de serviço.

No meu entendimento a igreja em Atos é a igreja modelo para qualquer época. E o historiador Lucas registra como era a igreja no seu nascedouro.

Atos 2: 46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, 47 louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.
Atos 5: 42 E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo.

Vemos que os irmãos aqui eram muito ‘igrejeiros’, estavam "todos os dias no templo", e como se isso não bastasse estavam "todos os dias, no templo e de casa em casa".

Paulo foi um Apóstolo profundamente preocupado com relação a vida da igreja. Ele diz "não cessei noite e dia de admoestar com lágrimas a cada um de vós", claro que Paulo não era um super apóstolo que não precisava dormir, mas que não importava a hora, de dia ou de noite, ele estava sempre disposto a instruir a igreja.

A atitude da igreja primitiva se espelha na atitude do próprio Cristo, pois disse

"A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e completar a sua obra." (João 4:34)

Em relação a trabalho, não estamos tão distantes dos relatos históricos acima. Estamos cheios de atividades, mas nos falta o fervor do Espírito Santo, e isso eles tinham em abundância. Nossos resultados estão medíocres, não porque não estamos fazendo alguma coisa, mas porque o muito que fazemos está mais em nossa dependência do que na total dependência do Espírito Santo. Paulo dependia totalmente do poder de Deus e da virtude do Espírito Santo, e isso fazia toda a diferença (Romanos 1:16-17; 1ª Coríntios 1:18; 2:1-5; 1ª Tessalonicenses 1:4-5 Cf. 1ª João 1:1-5).


Estamos como a maioria das igrejas da Ásia para as quais João escreveu. Por exemplo, a igreja de Éfeso estava cheia de obras, trabalho e perseverança, e a de Tiatira tinha as últimas obras mais numerosas que as primeiras. Isso mostra a intensa atividade destas igrejas. Hoje Temos riqueza, temos fama, mas toleramos uma série de coisas que a palavra de Deus desaprova, e somado a isso, não estamos com os ouvidos para ouvir o que o Espírito diz às igrejas. É isso é fundamental!


O que a igreja precisa hoje, diante de tantas atividades, compromissos e a desenfreada correria que esse tempo impõe, é buscar o necessário fervor do Espírito Santo para viver com Deus e para Deus num fiel compromisso de serviço.

Pr. Adriano Fernandes
Blumenau - SC

terça-feira, 7 de outubro de 2014

POLÍTICA, PROFECIA E UMA BREVE MEDITAÇÃO


Na ânsia de tornar o Brasil uma nação cristã alguns saíram eufóricos em seus sentimentos e desejando exteriorizar suas convicções “usaram” a profecia (e como em outras ocasiões, mais uma vez, mais uma profecia não se cumpriu). Isso é fruto de uma fraqueza doutrinária que impera na igreja brasileira, aliada ao desejo de destronar (por determinação ou declaração profética) tudo que seja do Maligno, e tornar o Brasil uma nação cristã. Isso é impossível, pois cristão não é por declaração ou determinação, mas por Novo Nascimento, e isso é obra do Espírito Santo.




Agora, passado o pleito, as máscaras proféticas começam a cair. E pergunto: algum desses profetas irá se pronunciar sobre o equívoco? Os sentimentos falaram mais alto? Ou Deus falou e não pode cumprir?

Se o profeta falou em nome de Deus e não se cumprir, não foi Deus quem falou. A Bíblia, a inerrante Palavra de Deus é taxativa (Deuteronômio 18:22).
A ideia de que um presidente (ou qualquer outro político) evangélico mudará a situação do Brasil, e resolverá todos os problemas morais, políticos e econômicos é, no mínimo, utópica; como também a ideia de que a igreja depende de políticos cristãos para avançar não tem apoio bíblico.

A liberdade da igreja nunca dependeu da liberdade proporcionada pelo Estado. A igreja triunfou apesar do império romano dos Césares, do Comunismo na Rússia, como tem triunfado sob Comunismo em Cuba, Coréia do Norte. Estamos numa batalha espiritual travada (Efésios 6:10-20), e seja onde for, ou qual sistema de governo esteja, a Igreja sempre triunfará (Mateus 16:18)
Muitos políticos que adentram nossos templos e falam polidamente de acordo com o que pensemos e defendemos em termos de valores e princípios, fazem acordos para atender seus objetivos eleitoreiros por outros lugares que andam (seja na loja Maçônica, ou no terreiro de umbanda, etc.) com quer que seja. Isso não me compete julgar, é liberdade deles, podem fazer o que quiserem. Nós é que temos que abrir os olhos e os ouvidos.
Temo que travamos no Brasil, em nome de valores e princípios cristãos, mais uma “briga” ideológica, do que a verdadeira defesa da fé (aí o tiro pode sair pela culatra).
O que precisamos, como igreja, é voltarmos humilhados e arrependidos para Deus, e confiarmos na suficiência da Palavra, como disse Spurgeon “A igreja precisa saber que seu Cabeça é Cristo”.
O plano de Deus não reclama por uma Nação Estado de crentes, mas sim, uma NAÇÃO SANTA composta de pessoas redimidas de todas as tribos, línguas e nações, onde cada crente seja sal da terra e luz do mundo! (Mateus 5:14-16; 1ª Pedro 2:9; Apocalipse 5:9)

Que Deus nos ajude!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A PERSEVERANÇA DOS SANTOS (2)

Meditações em Hebreus 12

Leia a parte 1 aqui

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Versículo 2
tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus. 

Jesus é a referência máxima - está assentado à destra do Pai. O exemplo a ser seguido sem questionar. Em Jesus estava a centralidade da promessa de Deus (Hebreus 11:13-14).
- Jesus é o exemplo perfeito em relação a fé. Ele é o primeiro / o líder [autor] na corrida da fé! É Ele que abre o caminho e nos capacita a seguir a suas pegadas;
- Ele não olhou para as provações, pelo contrário, olhou para o alvo. Aquilo que alguns consideravam ignominia e vergonha, para Ele foi desprezível, pois a visão estava a acima destas coisas. Tanto para judeus quanto para gregos a cruz era algo horrível e vergonhoso [Roma não executava um cidadão romano na cruz], mas Ele a enfrentou e alcançou o alvo: assentou-se à direita do trono de Deus.

Fitar os olhos em Jesus significa que temos alvo definido. Vivemos de glória em glória, caminhamos com certeza, mesmo em meio a tantas incertezas!

Versículo 3
                     Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra
                    si mesmo, para que vocês não se cansem nem desanimem.

O crente que olha para Jesus tem um mente diferente. O PENSAMENTO de tal crente está saturado pela Pessoa de Cristo: PENSEM BEM. Paulo exorta pensai nas coisas de cima.
Aquilo que Cristo suportou, suportou por ele; os vales que Cristo cruzou, cruzou por ele. Para o verdadeiro cristão, Cristo é o FIEL que sustenta-lhe como CASA DE DEUS (Hb. 3:1-6).

                    Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu,
                    pode socorrer aos que são tentados. (Hebreus 2:18 ARC)

Quem tem tal visão e age de acordo, não cansará e não desanimará!
                    
Versículo 4
                            Na luta contra o pecado, vocês ainda não resis-
                            tiram até o ponto de derramar o próprio sangue.

Como está a tua luta? Vamos comparar: (Hebreus 10:32-36):

           Lembrem-se dos primeiros dias, depois que vocês foram iluminados, quando su-
           portaram muita luta e muito sofrimento.  Algumas vezes vocês foram expostos a
           insultos e tribulações; em outras ocasiões fizeram-se solidários com  os  que  as-
           sim foram tratados. Vocês se compadeceram dos que estavam  na prisão e  acei-
           taram alegremente o confisco dos seus próprios bens, pois  sabiam  que  possuí-
           am bens superiores e permanentes. Por isso, não abram mão da  confiança  que
          vocês têm; ela será ricamente recompensada. Vocês precisam perseverar, de mo-
          do que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que ele prometeu...


Continua...


Em Cristo
Pr. Adriano Wink Fernandes
IEAD Blumenau - SC